Aleluia

My fear of publicly sharing my writing has always been rooted in the fact that I am not comfortable with exposing myself. This goes against my own principles, but in the end I believe that we live more intensely when we are vulnerable. Human beings know very little about humanity; they judge, they hurt each other, and point their finger before looking in the mirror.

My heart is melancholy. It breaks every day. The inhumane, bureaucratic thing that we call humanity is the main reason. As much as it tries not to, humanity irrationally lets go of all its beliefs. It tries to unify without uniting. It splits. I am sorry for being weak. I continue to believe that we can be better, but I don’t understand why we are not. I do not understand the reason for which we do not value the past and use it to change our future. Instead of utilizing history to attain a better path, we repeat the same errors, we cause the same pains. We break down, and continue to classify ourselves.

I am sorry. I apologize to the young girl who was struck by a rock by two cowards. I apologize to the medium who suffered at the hands of sordids. I apologize to the nine souls who, because of racial discrimination, lost their lives at the hands of a petty boy. I apologize to those who suffer from segregation and hostility because of their sexual, religious, political, ethnic, or cultural preferences, or to those who suffer as a result of their stature, size, ascendency, or diction. Do not feel alone; do not give up. A well-known man forgave the inept ones, for they knew not what they were doing. Our only way out is to forgive them, and to unite. We cannot become divided as a response. We are brothers and sisters. We are the same.

June has been a bloody month. We must come together, conglomerate. Let us wear white clothing. White is the color of peace, the color of union. It is the color of light, the color of all colors: equilibrium. My suggestion is that we wear at least one piece of white clothing between June 23rd and 30th, as a manner of unification and equilibrium for this month that is so red. We are together. Shalom, Amen, Axé, Namaste, Salaam. A blessing for those who are for blessings, Saravá for those who are for Saravá, Motumbá for those who are for Motumbá, and Colofé for those who are for Colofé. The God that lives in me greets the God that lives in you.

Meu medo de escrever e publicar sempre residiu no fato de não me sentir à vontade ficando exposta. Isso vai contra meus próprios princípios, afinal, acredito que vive-se mais intensamente quando estamos vulneráveis. Os seres humanos pouco sabem sobre humanidade, julgam, machucam, apontam, sem antes olharem-se no espelho.

Meu coração está abatido. Parte-se todos os dias. A humanidade desumana e burocrática é a maior razão. Por mais que tentemos não acreditar, desacreditam-se irrazoavelmente de todas as crenças. Tentam unificar sem se unir. Partem-se. Peço perdão por me enfraquecer. Continuo acreditando que podemos ser melhores, mas não entendo o motivo pelo qual não somos. Não entendo o motivo pelo qual não nos valemos do passado, tão presente, para mudarmos nossa meta. Ao invés de utilizarmo-nos da história para nos pontificarmos em um melhor caminho, repetimos os erros, causamos as mesmas dores, desmembramo-nos, classificamos.

Perdão. Peço perdão à jovem menina que foi facetada por dois pávidos indignos. Perdão ao médium que sofreu nas mãos de sórdidos restritos. Perdão às nove almas, que, por discriminação racial, perderam suas vidas nas mãos de um mesquinho limitado. Perdão aos que sofrem por segregação e hostilidade por sua inclinação sexual, religiosa, política, étnica, cultural, por vossa estatura, classe social, volume, ascendência, dicção. Não sintam-se sós, não desistam. Um conhecido homem perdoou os ineptos, por saber que estes não sabiam o que faziam. Nossa única saída é perdoá-los, e nos unirmos. Não podemos nos dividir como resposta. Somos irmãos. Somos iguais.

Junho tem sido um mês sangrento. Devemos nos atar, conglomerar. Vista-se de branco. O branco representa a cor da paz, é a cor da união. É a cor da luz, é a cor de todas as cores, do equilíbrio. A minha sugestão é que vistamos ao menos uma peça da cor branca entre os dias 23 e 30 de junho, como maneira de unificação e equilíbrio para este mês, tão vermelho. Estamos juntos. Shalom, Amém, Axé, Namastê, Salaam. A benção para quem é de benção, Saravá para quem é de Saravá, Motumbá para quem é de Motumbá e Colofé para quem é de Colofé. O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você.